16 janeiro 2008

Intercâmbio com o Projecto Passo-a-Passo, na Lixa


FOMOS À lIXA, CONHECER O QUARTEL DOS BOMBEIROS...QUE "NICE"!


No dia 24 de Agosto de 2007, o nosso projecto foi à cidade da Lixa, com o combinado de irmos lá para a desforra do jogo dos “Países e Capitais” e também para visitar o quartel dos bombeiros e a “Quinta da Lixa”.

Fizemos uma longa viagem, mas com boa disposição e espírito de equipa, tudo se consegue. Quando lá chegamos, entramos no edifício do projecto Passo-a-Passo, onde estavam todos à porta à nossa espera. Fomos muito bem recebidos por eles, até nos cantaram o hino do projecto e vimos o seu vídeo! Depois jogamos ao jogo dos “Países e Capitais” onde o projecto Passo-a-Passo foi vencedor. Num outro jogo, misturamo-nos, Os Melhores com os Lixenses, e jogamos ao jogo das palavras cruzadas, mas desta vez era com as profissões, e não com os países do mundo. E desta vez ganhou a equipa das Chiquititas. No fim de tanto jogarmos, cada um dos projectos recebeu um livro “Uma Aventura” e um dicionário de Língua Portuguesa.

Prontos, partimos para o jardim da Lixa para almoçarmos. Que delicioso almoço, acompanhado de muita alegria, brincadeira, risota, e também alguns trambolhões, kákákáká… Jogamos, para fazer a digestão, ao jogo da estátua e divertimo-nos à brava… Já era hora de irmos visitar o quartel dos bombeiros. Chegados lá, o senhor Comandante dos bombeiros, Sr. José Campos, recebeu-nos muito bem e apresentou-se dizendo que era o comandante daquele quartel, que era o mais velho deles todos, que tinha 58 anos e que era ele que nos ia guiar durante toda a visita pelo quartel. Começou por dizer que aquele quartel ia fazer 180 anos no dia 12 de Dezembro.

Mostrou-nos o 1º carro desde que aquele quartel entrou em acção, disse que ele tinha combatido o primeiro fogo em 1926.
E disse também que dantes quem puxava os carros dos bombeiros não eram os motores mas sim os homens, e que, embora não parecendo, aqueles antigos e “pequenos” carros mandavam a água a cerca de 20 metros de altitude.


Passamos pela sala de estar dos bombeiros, que tinha uma televisão, uns sofás e uma mesa, e tudo isto era para os bombeiros relaxarem. Os bombeiros de serviço podem levar para ali os seus filhos e esposas, para conviverem uns com os outros.
Vimos também a quantidade de fotos que estão expostas nas paredes da sala de estar. São fotografias de todos os comandantes que por ali já passaram. Ao todo eram cerca de 15 comandantes e o penúltimo, que ainda é vivo, é sogro do actual comandante. Noutro lado da parede havia algumas fotos em homenagem a alguns bombeiros que já faleceram. Tinham alcunhas tais como, “Pardal”, “Penosa” ou “Homem da Lousa”.


Havia também uma sala de aula, para que os bombeiros tivessem um curso profissional. Para quem não sabe os bombeiros “lá dentro” têm engenheiros, professores e também médicos.

Se houvesse um incêndio quem socorria primeiro?”, perguntamos ao Sr. Comandante, ao que respondeu que primeiros eram as crianças que são as que menos defesas têm, depois idosos porque estão na segunda meninice, porque as forças já não são as mesmas, de seguida os deficientes e só depois as pessoas normais.


Vimos a central, onde se armazena toda a informação sobre os bombeiros, desde que entram até que saem.
Reparámos que na central há muitos botões, e que cada botão tem um som diferente e também que cada um deles tem o seu significado. O senhor comandante José tocou em alguns e vimos que alguns bombeiros vieram a correr.


Têm também uma GPS para ver a quanto é que a ambulância está a andar e se o caso é assim tão urgente para ir com tanta velocidade, ou que o caso é muito grave e que a pessoa que vai lá dentro está quase a morrer e que é preciso acelerar. É possível ver se a pessoa está a mentir, por exemplo, ela diz que ainda está no Porto e está em Braga! É possível porque algumas das ambulâncias têm uma antena que é como um GPS. Também da central se pode abrir e fechar todos os portões do quartel.


O comandante José disse-nos o número que liga à saúde: “Saúde 24808 24 24 24. E para quem não sabe o número da P.S.P de Guimarães253 513 334, e a Linha de incêndios florestais é 117.


Ficamos também a saber o que é um desfibrilhador: Serve para normalizar o ritmo cardíaco, em casos de paragem cardíaca, como por exemplo num ataque de coração. Este aparelho só pode ser utilizado por médicos. No quartel da Lixa há 2 ambulâncias com desfibrilhador.


No quartel da Lixa ao todo “permanentes e voluntários há 200, e médicos e enfermeiros há 117”.

Tivemos o privilégio de entrar nas ambulâncias.
Soubemos também que uma vez uma ambulância capotou com 5 bombeiros lá dentro. Ninguém morreu, mas houve algumas lesões.


Perto do fim fizemos algumas actividades, tais como apagámos um pequeníssimo fogo preparado pelos bombeiros. Vestimos os fatos e os capacetes, e pegamos no extintor, mas com muita segurança, sempre com um ou dois bombeiros ao lado.


De seguida um bombeiro foi ligar uma mangueira a uma ambulância e pôs tipo uma bomba à frente, uma rapariga e um bombeiro pegaram naquilo e começou a sair água, eles atiraram a água para uma espécie de parede. De seguida ligaram, para sair espuma, o resultado foi uma espécie de piscina de espuma. Depois, duas raparigas… stananaaaaa!!!... decidiram brincar um bocado a atirar espuma uma à outra. Grandes malucas. No fim o senhor José ofereceu-nos ou um sumo ou um gelado. Que simpático. Quando íamos embora agradecemos o gelado ou o sumo, a visita guiada e também a paciência… Fomos embora todos muito contentes.


De seguida fomos conhecer a Quinta da Lixa. Andamos um pouco até lá chegarmos. A senhora, que foi a nossa guia, explicou-nos como se faz o vinho, então é assim:
O camião entra, entorna-se as uvas numa espécie de triângulo, tira-se a grau do açúcar e pesa-se a quantidade de uvas que traz. Os camiões descarregam as uvas nos trituradores, depois de estar em sumo, coloca-se o “vinho” numa espécie de tubos gigantes (penso que se chamam cubas, mas não tenho a certeza) e deixa-se repousar durante três dias.

A transformação do vinho verde e do vinho maduro é diferente.

Depois, a nossa guia, explicou-nos o Processo de engarrafamento: põem-se as garrafas num tapete e enxagua-se bem, dum lado e doutro, vira-se ao contrário para escorrer. Passa-se para outra máquina que enche o vinho. Passa-se de novo para uma máquina e põe-se a rolha, vai passando e põe-se uma capinha. Coloca-se uma determinada quantidade de garrafas e põe-se num elevador que as leva para um espaço onde se armazena todas as garrafas de vinho. Vimos esse espaço que tinha garrafas com diferentes quantidades.


Vimos o campo onde são cultivadas as uvas. O campo tem 60.000 metros2. Vimos uma ETAR (é uma estação de tratamento de águas residuais). O que é sinal que essa empresa tem uma grande preocupação a nível ambiental.


Acabamos a nossa visita à quinta da Lixa. Viemos embora todos contentes, com balão e chupa na boca.


Diana Rafaela Oliveira Dias, 10 anos