Fomos à praia de Matosinhos… E conhecer a casa da música!

Para quem não sabe, o Puerpolis também é um projecto para as pessoas que não têm tendência a ir para as grandes cidades, gostam de estar numa casa pequena, mas aconchegada, no centro da freguesia.

Pronto. Em Briteiros abriu uma dessas casas.

Num certo dia, a Virgínia, coordenadora deste espaço, decidiu que, como os alunos da escola estavam de férias, e muitos deles não tinham meios para ir para a piscina ou para a praia, então pôs-se a pensar, com a ajuda de alguns membros da associação responsáveis, porque não sairmos um pouco de “casa”, irmos espairecer um pouco para outro sítio, um sítio de que todos gostem e que todos possam ir. Então a Virgínia propôs isso aos meninos e todos concordaram! A Virgínia só nos disse que primeiro ia falar com as monitoras, para começarem a falar com os meninos sobre os cuidados que deveriam ter, e consciencializá-los dos perigos que poderiam correr ao sair da beira das responsáveis, sem conhecer a cidade.

E pronto. Alguns dias depois, a Virgínia pôs as fichas de inscrição nos placards dos diferentes espaços, para quem quisesse ir. Lá pôs-se o nome, a oficina em que estava inscrito e o contacto do encarregado de educação. Alguns dias depois entregaram-se os papéis da autorização. Estava quase tudo pronto para o passeio. Passadas algumas semanas de espera, chegou o grande dia. Todos de “malas feitas”, prontos para seguir viagem. Eram perto das 8:30 horas da manhã quando a Cláudia, a nossa responsável, chegou. Entramos para a sede de Briteiros para esperarmos pelo autocarro que nos ia levar para o nosso destino: “ Matosinhos”. Comemos um pouco, brincamos, rimos mas também falamos de coisas sérias. A Cláudia falou-nos das regras que teríamos de cumprir, tanto na praia como no autocarro e, também não esquecendo, na casa da música, entre as quais:

1º- Não sairmos da beira do nosso grupo.
2º- Não irmos para a água sem autorização.
3º- Termos cuidado com as nossas próprias coisas.
E mais algumas regras que deveríamos ter em atenção.

Perto das 10:15 horas da manhã chegou o autocarro. Só tivemos tempo de carregar as coisas para o autocarro e verificar se estávamos todos. E pronto! Por fim arrancamos. Sempre na brincadeira, sempre a tirar fotos, sempre na risota, mas sempre em segurança, utilizando os cintos de segurança! Até que chegamos ao nosso destino. Quando lá chegamos eram perto das 11:30 horas da manhã. De seguida, todos cheios de energia, saímos do autocarro pegamos nas nossas coisas, juntamo-nos num grupo e fomos para a praia. Chegamos lá, tiramos as roupas, estendemos as toalhas e alguns vestiram os biquinis. Comemos alguma coisa, uma coisa bastante leve, para que depois fossemos para a água. Alguns minutos depois fomos para a água. Que delícia de água!!!...embora o tempo, ao princípio, não tenha ajudado muito. Mas apesar de tudo, foi uma manhã excelente!

De seguida vestimo-nos, preparamo-nos para irmos à Casa da Música, enquanto saboreávamos um gelado. Entramos no autocarro e metemos logo o cinto de segurança. Dirigimo-nos para a Casa da Música que se situava no centro da cidade do Porto. Atravessamos uma passadeira logo que o sinal ficou verde, até que chegamos à grande e formosa Casa da Música.

Chegados lá ficamos espantados, boquiabertos, com aquela grandiosidade e beldade. Esperamos impacientes pela chegada da nossa guia. Enquanto ela não chegava formamos algumas filas. A nossa guia, no princípio, apresentou-se dizendo que se chamava Sofia. E disse, também, que íamos ficar espantados com aquelas coisas fantásticas, coisas musicais que iríamos ver. Vimos coisas de várias formas, tamanhos e cores. Vimos salas, vimos instrumentos raros. Havia umas salas fofas, umas mais frias, umas mais coloridas, e outras mais infantis. De seguida, vimos um bar, por cima da sala principal, onde o chão e o balcão eram transparentes! A nossa guia disse-nos que lá podiam estar cerca de 200 pessoas e que também já tinha servido de discoteca.

A sala principal era um espanto, era muito grande, tinha uns órgãos muito grandes, apesar de os órgãos não serem verdadeiros, mas apesar disso, o arquitecto que desenhou a casa da música exigiu que os pusessem lá, um de cada lado, por motivos de decoração e de acústica. Tinha também umas cadeiras muito confortáveis e muito modernas porque deslizavam e também tinha uns números reluzentes para que se encontrassem mais facilmente os lugares. Havia também um palco que podia conter uma orquestra com cerca de 200 ou mais músicos. E muitos outros pormenores.

Eram perto das 5:00 horas da tarde quando nos metemos no autocarro e partimos. Antes de arrancarmos, lanchamos e vimos uns rapazes que estavam a dançar e a andar de skate e patins na onda da entrada, na Casa da Música.

E seguimos rumo a Briteiros, a nossa freguesia. Quando lá chegamos, os pais dos meninos estavam na sede à espera. E passamos um lindo dia, na praia de Matosinhos, e passamos a conhecer a Casa da Música.

Diana Dias - 10 anos